Lorena Filipim
domingo, 28 de dezembro de 2008
2009... tô te esperando!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
De repente bateu uma depressão vendo esse blog.. não está nada com a minha cara, só tem uns posts mais ou menos, com algumas coisas que eu gosto, outras que achei interessante, mas enfim, ta faltando um propósito. Já tinha percebido isso faz tempo, desde quando criei, mas eu sabia que deixando isso vir à tona eu seria praticamente obrigada a pensar e criar um perfil pra isso aqui. Complicado, porque não to afim de ser pagina de noticiário do tipo: cachorro salva criança, Santa Catarina se afoga e Estado de Emergência é decretado..... Tinha pensado em algo parecido com Diario de Uma Adolescente( kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.. ridiculo demais pra mim), sem contar que não dá pra dizer tuuuuuuuuuudo tão descaradamente numa pagina da net, porque sabe né: CAIU NA NET....... já era!
Então, o que me resta? Quase nada.
Por esse motivo eu decidi que não vai ter perfil.
Chego aqui, pá, numa boa, sem pensar e faço como ja estava fazendo... pode parecer desleicho, ou pode ser tambem um tipo de perfil, depende do angulo em que se analisa.
Mudando de assunto, e em pique de férias, viagem confirmada!!! Rumo ao Paraná, com data de ida e sem previsão de volta... mas que isso, com muita previsão sim, 2010 vai ser o ultimo ano da facul, só estágio, TCC, ralação total... tenho que estar por aqui o quanto antes!
Então é isso, arrumando as malas ... que o Papai Noel tá chegando.
HOW HW HOW
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Poesia
Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
A entrada de Singapura, manhã subindo, cor verde,
O coral das Maldivas em passagem cálida,
Macau à uma hora da noite...
Acordo de repente...
Yat-lô--ô-ôôô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...
Ghi-...
E aquilo soa-me do fundo de uma outra realidade...
A estatura norte-africana quase de Zanzibar ao sol...
Dar-es-Salaam (a saída é difícil)...
Majunga, Nossi-Bé, verduras de Madagascar...
Tempestades em torno ao Guardafui...
E o Cabo da Boa Esperança nítido ao sol da madrugada...
E a Cidade do Cabo com a Montanha da Mesa ao fundo...
Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei...
Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos...
Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti,
Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir
E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz.
A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me,
Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge,
Desta entrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso,
Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas,
Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada,
Deste desassossego no fundo de todos os cálices,
Desta angústia no fundo de todos os prazeres,
Desta sociedade antecipada na asa de todas as chávenas,
Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.
Seja o que for, era melhor não ter nascido,
Porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
Que há de ser de mim?
Que há de ser de mim?
Correram o bobo a chicote do palácio, sem razão,
Fizeram o mendigo levantar-se do degrau onde caíra.
Bateram na criança abandonada e tiraram-lhe o pão das mãos.
Oh mágoa imensa do mundo, o que falta é agir...
Tão decadente, tão decadente, tão decadente...
Só estou bem quando ouço música, e nem então.
Jardins do século dezoito antes de 89,
Onde estais vós, que eu quero chorar de qualquer maneira?
Como um bálsamo que não consola senão pela idéia de que é um bálsamo,
A tarde de hoje e de todos os dias pouco a pouco, monótona, cai.
Acenderam as luzes, cai a noite, a vida substitui-se.
Seja de que maneira for, é preciso continuar a viver.
Arde-me a alma como se fosse uma mão, fisicamente.
Estou no caminho de todos e esbarram comigo.
Minha quinta na província,
Haver menos que um comboio, uma diligência e a decisão de partir entre mim e ti.
Assim fico, fico...
Eu sou o que sempre quer partir,
E fica sempre, fica sempre, fica sempre,
Até à morte fica, mesmo que parta, fica, fica, fica...
Torna-me humano, ó noite, torna-me fraterno e solícito.
Só humanitariamente é que se pode viver.
Só amando os homens, as ações, a banalidade dos trabalhos,
Só assim - ai de mim! -, só assim se pode viver.
Só assim, o noite, e eu nunca poderei ser assim!
Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri.
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos,
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Vem, ó noite, e apaga-me, vem e afoga-me em ti.
Ó carinhosa do Além, senhora do luto infinito,
Mágoa externa na Terra, choro silencioso do Mundo.
Mãe suave e antiga das emoções sem gesto,
Irmã mais velha, virgem e triste, das idéias sem nexo,
Noiva esperando sempre os nossos propósitos incompletos,
A direção constantemente abandonada do nosso destino,
A nossa incerteza pagã sem alegria,
A nossa fraqueza cristã sem fé,
O nosso budismo inerte, sem amor pelas coisas nem êxtases,
A nossa febre, a nossa palidez, a nossa impaciência de fracos,
A nossa vida, o mãe, a nossa perdida vida...
Não sei sentir, não sei ser humano, conviver
De dentro da alma triste com os homens meus irmãos na terra.
Não sei ser útil mesmo sentindo, ser prático, ser quotidiano, nítido,
Ter um lugar na vida, ter um destino entre os homens,
Ter uma obra, uma força, uma vontade, uma horta,
Unia razão para descansar, uma necessidade de me distrair,
Uma cousa vinda diretamente da natureza para mim.
Por isso sê para mim materna, ó noite tranqüila...
Tu, que tiras o mundo ao mundo, tu que és a paz,
Tu que não existes, que és só a ausência da luz,
Tu que não és uma coisa, rim lugar, uma essência, uma vida,
Penélope da teia, amanhã desfeita, da tua escuridão,
Circe irreal dos febris, dos angustiados sem causa,
Vem para mim, ó noite, estende para mim as mãos,
E sê frescor e alívio, o noite, sobre a minha fronte...'
Tu, cuja vinda é tão suave que parece um afastamento,
Cujo fluxo e refluxo de treva, quando a lua bafeja,
Tem ondas de carinho morto, frio de mares de sonho,
Brisas de paisagens supostas para a nossa angústia excessiva...
Tu, palidamente, tu, flébil, tu, liquidamente,
Aroma de morte entre flores, hálito de febre sobre margens,
Tu, rainha, tu, castelã, tu, dona pálida, vem...
Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.
Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia,
eja uma flor ou uma idéia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus.
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de caráter,
E simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.
Sim, como sou rei absoluto na minha simpatia,
Basta que ela exista para que tenha razão de ser.
Estreito ao meu peito arfante, num abraço comovido,
(No mesmo abraço comovido)
O homem que dá a camisa ao pobre que desconhece,
O soldado que morre pela pátria sem saber o que é pátria,
E o matricida, o fratricida, o incestuoso, o violador de crianças,
O ladrão de estradas, o salteador dos mares,
O gatuno de carteiras, a sombra que espera nas vielas
—Todos são a minha amante predileta pelo menos um momento na vida.
..........
Por Fernando Pessoa, Poesias de Alvaro de Campos
Acho que não está nem a metade dessa maravilha de poesia aí, mas é simplesmente magnífica.
Para lê-la inteira: http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/445.html
sábado, 13 de dezembro de 2008
Olha o vicio!
*As pessoas perguntam como foi seu dia e você diz para lerem no blog.
* Deixa de sair com os amigos para ler comentários.
* Cria um personagem fictício para comentar no próprio blog.
* Comenta em vários blogs qualquer coisa, só para fazer propaganda do seu.
* Dá reload no blog várias vezes para aumentar o número de visitas no contador.
* Só escreve sobre assuntos que vão lhe render visitas através dos sites de busca.
* Nunca leu um livro, mas acha que pode escrever alguns.
* Fica arrasado com críticas e nem consegue dormir.
* Quando está com outras pessoas, só fala de blogs e posts.
* Perde completamente a noção de privacidade, põe na banca as piores histórias da família e dos amigos e ainda dá nome, endereço e telefone de todo mundo.
* Não consegue ficar um minuto sequer longe do micro.
* Quando está longe, não vê a hora de voltar pra casa, conferir as estatísticas, os comentários e escrever sobre a sua preocupação em voltar logo para frente do micro.
* Passa o dia pensando no que postar.
* Fica deprimido se não há o que escrever.
* Fica deprimido porque ninguém comenta os seus posts.
* Fica deprimido se o número de visitantes diminui.
* Passa o dia fazendo propaganda do próprio site.
* Não desgruda mais da máquina fotográfica. Toda imagem vale um post.
* Acha que é escritor.
* Transforma qualquer assunto besta em confusão só pra chamar atenção.
* Acha que criticar tudo e todos é uma tática bastante original para o blog e você serem admirados
* Quando não tem nada para fazer, procura erros de português no blog dos outros.
* Senta a boca nos comentários dos blogs populares só para ganhar notoriedade.
* Passa mais de oito horas por dia gerenciando o próprio blog.
* Quando viaja, não relaxa até achar um cyber café.
* O computador pifa e você pifa junto.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Semaninha agitada hein... apesar das férias, e de ter ficado quase o tempo todo dormindo, foram pensamentros a mil por hora e sonhos ´mucho lokos´, sem pé nem cabeça, em alguns eu quase nem me reconhecia[ tava rebelde]. Mas o principal foi a chegada fenomenal do Fenomeno no Corinthians( vulgo Timão!!).. Isso é que é notícia, coisinha inesperada, me pegou de surpresa.
Puro jogo de marketing?[ pode ser, com certeza)
Pura inveja alheia?( sem dúvida alguma, afinal o timão tá tirando a atenção toda dos bambinos, que acabaram de virar HEXA, ou melhor, tres vezes Bi, e isso pode deixá-las, ops, deixá-los magoados( as)). Seja lá o que for está sendo bom pro Timão, então tá bom pra mim tambem... quem dirá pros cambistas, que poderão vender ingressos do jogo do Timão a preço fenomenal. Tô até vendo.
Frase: (essa vai pra quem sabe que é melhor correr o risco do insucesso, do que a incerteza de um possivel sucesso deixado para trás)
"É muito mais honrado erguer-se a lutar mesmo tendo que correr o risco do insucesso, do que unir-se aos pobres de espírito que não perdem e não vencem e por isso acabam morrendo sem viver."